GRParaná
MENU

POLÍTICA

16 de abril de 2020, 17:58

Novo presidente do TSE, Barroso admite adiamento das eleições municipais

Qualquer mudança no calendário eleitoral depende, entretanto, de aprovação do Congresso, lembrou Barroso

 

Ministro descarta a possibilidade de unificar as eleições em 2022 .Foto: Roberto Jayme/ Ascom/TSE)



Eleito novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luís Roberto Barroso, admitiu o adiamento das eleições municipais de outubro por causa da crise do coronavírus, mas defendeu que, se isso for necessário, que elas aconteçam no menor período possível. Ele descartou levar as disputas municipais para 2022.

Conforme a Constituição, o presidente do TSE é eleito pelos sete ministros que compõem a Corte. Numa tradição que remonta à primeira metade do século 20, porém, o escolhido é sempre o vice-presidente. Barroso permanece no cargo até fevereiro de 2022. O ministro Edson Fachin foi eleito o próximo vice-presidente da Corte.

No discurso de agradecimento à sua condução à presidência da Corte, Barroso manifestou preocupação com a saúde da população por causa da pandemida do novo coronavírus e do possível adiamento das eleições municipais marcadas para outubro.

 “Nossa maior preocupação é com a saúde da população. Se não houver condições de segurança para realizar as eleições, como conversamos (ministros do TSE) em reunião informal e administrativa, nós evidentemente teremos que considerar o adiamento pelo prazo mínimo indispensável para que possam realizar-se com segurança.”, disse o ministro.

Barroso disse que o TSE não apoia o adiamento das eleições municipais de 2022, quando serão escolhidos o presidente da República e os governadores. “Conforme pude conversar com cada um os nossos colegas, não apoiamos o cancelamento de eleições (de 2020) para que venha a coincidir com 2022. Nós consideramos que as eleições são um rito vital para a democracia, portanto, assim que as condições de saúde permitirem, nós devemos realizar as eleições”.

Qualquer mudança no calendário eleitoral depende, entretanto, de aprovação do Congresso, lembrou Barroso. Ele disse que a Justiça Eleitoral mantém contato com a cúpula do Legislativo para fornecer um parecer técnico a ser considerado em conjunto com "as circunstâncias políticas" relacionadas ao adiamento.

A atual presidente do TSE, ministra Rosa Weber, assumiu em agosto de 2018, e esteve no comando da Justiça Eleitoral durante a última eleição presidencial. “O país deve à Vossa Senhoria a condução de eleições dificílima e sob os ataques mais diversos, de maneira impecável e com resultados fidedignos que fizeram honrar a Justiça Eleitoral”, disse Barroso ao elogiar a presidente da corte, Rosa Weber.


Com informações Bem Paraná e agências


Deixe o seu comentário

Agenda de Eventos