GRParaná
MENU

ESTADUAL

Por Rodrigo Mello
23 de maio de 2020, 17:45

Delegado Fernando Martins cobra andamento das obras de duplicação da PR 323, no noroeste

Segundo o deputado, que conversou com o secretário de Infraestrutura e Logística do Estado, as obras, que sofreram interrupções por conta da pandemia de Covid-19, já estão sendo retomadas

A rodovia deverá sem entregue para o governo Federal que fará a concessão para a iniciativa privada. Foto: Assessoria



O deputado Estadual Delegado Fernando Martins (PSL) cobrou nesta semana informações sobre o andamento das obras de duplicação de trechos da PR 323, noroeste do Estado.

Entre eles, o trecho urbano de Umuarama. Segundo o deputado, que conversou com o secretário de Infraestrutura e Logística do Estado, Sandro Alex, as obras, que sofreram interrupções por conta da pandemia de Covid-19, já estão sendo retomadas.

O parlamentar explica que de acordo com informações da Secretaria o projeto do trecho da rodovia que vai até o Rio Ivaí precisou de revisão antes da licitação. “De acordo com o secretário, dentro de 60 dias as obras devem começar. Já na extensão do Trevo do Gaúchão (urbano de Umuarama) houve um atraso por conta da pandemia, mas aos poucos os trabalhos estão sendo finalizados para o início da licitação e obras”, afirma.


Histórico das obras de duplicação

A duplicação da PR 323 entre Paiçandu e Francisco Alves, que passa pelos trechos urbanos de Umuarama, Cianorte, Cruzeiro do Oeste, entre outras cidades importantes do Noroeste, era uma promessa de campanha do governador Beto Richa (PSDB) assinada em cartório em 2010.

O trecho de 220 quilômetros é a principal ligação com o estado de São Paulo, além de uma rodovia de extrema importância para o transporte da produção agrícola do Sul do país em direção ao centro oeste brasileiro.

Com um custo estimado em R$ 6 bilhões de reais ela seria realizada através de uma PPP (Parceria Público Privada). O Estado até chegou a assegurar os recursos, mas a Odesbrecht, empresa que encabeçava o Consórcio ROTA 323, que venceu o processo de licitação para a execução da obra, não conseguiu os recursos necessários junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS) para dar início à duplicação.

O dinheiro foi negado por conta do envolvimento da empresa em esquemas de corrupção apontados pela Operação Lava Jato, um destes, inclusive, mostrou que a obra teria sido um acerto entre o ex-governador e a empresa por conta de doações feitas pela Odesbrecht em uma das campanhas eleitorais de Beto Richa ao governo do Estado.

O valor seria de R$ 2 milhões que seriam pagos em quatro parcelas de R$ 500 mil, mas apenas um pagamento teria sido feito. O dinheiro voltaria para a empresa através de contratos superfaturados de serviços de manutenção.

Em outubro de 2016, um acidente em Cafezal do Sul, que ainda não foi completamente esclarecido, matou 21 pessoas que iriam consultar em Umuarama. Elas estavam em um ônibus da prefeitura de Altônia que bateu de frente com um caminhão. Todas as vítimas morreram carbonizadas.

Novo capitulo

A história passa por um novo capítulo depois que a então vice-governadora Cida Borghetti (PP), assumiu o governo do Paraná, em abril de 2017, quando Beto Richa renunciou o mandato para concorrer ao Senado. Uma licitação foi feita e a obra, depois de ter passado por dezenas de readequações sugeridas pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), foi iniciada. Apesar do ritmo lento vem acontecendo e o prazo de entrega é de dois anos.

Agora o governo do Paraná deverá duplicar pelo menos mais dois trechos, os urbanos de Umuarama e Cianorte e, em seguida, a rodovia deverá sem entregue para o governo Federal que fará a concessão para a iniciativa privada que será responsável pela duplicação. A previsão é que até 2026 a rodovia esteja totalmente duplicada. 


Deixe o seu comentário

Agenda de Eventos