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ESTADUAL

Por Ana Ehlert e Franklin de Freitas
25 de maio de 2020, 17:31

Shoppings de Curitiba reabrem com movimento menor, mas com filas na entrada para medir temperatura

normativa que liberou o funcionamento dos shoppings dedicou um capítulo à parte para orientar o funcionamento praças de alimentação, que também não lembrará em nada como funcionava antes da pandemia de coronavírus.

lguns shoppings de Curitiba vão além das determinações da Secretaria de Saúde e apostam na tecnologia no reforço contra o coronavírus. Foto: Franklin de Freitas
 



Com movimento ainda tímido, mas já com filas nas portas de entrada, os principais shoppings de Curitiba reabriram nesta segunda-feira, 25 de maio. Os espaços ficaran fechados por quase dois neses por conta do risco de propagação da Covid-19 e, para retomar o funcionamento devem obdecer a uma série de regras estabelecidas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).  Uma delas é o horário reduzido de funcionamento, com abertura ao meio-dia e fechamento às 20 horas.

No Jockey Plaza, por exemplo, o movimento começou logo na primeira hora de abertura com a formação inclusive de filas na entrada da porta principal, onde segurança do estabelecimento faziam a aferição da temperatura corporal, além de vistoriar o cumprimento da restrição de acesso a idosos, menores de 12 anos, grávidas e portadores de doenças crôncias.

O superintendente do espaço, Daniel Bueno, afirmou que todas as medidas de segurança solicitadas pela Sesa foram atendidas. "Além delas, disponibilizamos tapetes sanitizantes e programamos o sistema de ar para apenas promover a ventilação, com a entrada do ar de fora e a exaustão do ar de dentro do espaço a fim de aumentar ainda mais a segurança do nosso espaço", explica.

Neste primeiro dia de fucnionamento, a reportagem percebeu que alguma lojas não abriram as portas. De acordo com Bueno isso se deve as dificuldades que alguns lojistas tiveram para preparar as lojas para a reabertura. "Mas também houve o encerramento de algumas que já não estavam apresentando o desempenho esperado e, com essa pandemia, o processo de encerramento das atividades foi acelerado", afirma.

Além dos shoppings, centros comerciais e galerias de Curitiba também estão autorizada a reabrirem a partir desta segunda-feira, 25 de maio. O ‘novo normal’ também prevê um movimento 70% menor que o registrado anteriormente à pandemia e uma permanência do consumidor de no máximo 40 minutos nos shoppings, segundo a própria Associação Comercial do Paraná (ACP).

A normativa que liberou o funcionamento dos shoppings dedicou um capítulo à parte para orientar o funcionamento praças de alimentação, que também não lembrará em nada como funcionava antes da pandemia de coronavírus. Uma equipe específica deverá ser encarregada de controlar o acesso, uso de mesas e permanência dos clientes nesses locais. O texto destaca a proibição do fornecimento/comercialização de alimentos e bebidas na modalidade autosserviço (self-service).

Fica vedada também a venda de bebidas alcoólicas.Para garantir a segurança dos consumidores, as mesas precisam estar separadas por uma distância de 2 metros, sendo limpas e desinfectadas antes e após o uso. O compartilhamento é sugerido apenas em casos em que as pessoas têm um convívio próximo. Mesas que não podem ser acessadas pelo público necessitam estar claramente sinalizadas e demarcadas. Ainda assim, a orientação da SESA é para que, sempre que possível, seja evitado o consumo de alimentos no local.

A reabertura dos shoppings no Paraná e em Curitiba acontece depois de uma forte pressão da Associação Comercial do Paraná (ACP), que alega demissões no setor após 50 dias fechado. “Entendemos que a preocupação com a saúde da população é a prioridade dos governantes, mas não podemos deixar de ressaltar que os shopping centers encontram-se fechados há mais de 50 dias, gerando prejuízos enormes a uma grande quantidade de empresários e que esses prejuízos podem se transformar em fechamento definitivo de estabelecimentos comerciais e desemprego generalizado”, disse o presidente da ACP, Camilo Turmina, em nota enviada à imprensa.

Para a ACP, não haverá aglomerações, visto que o comércio de rua reaberto desde 17 de abril, tem tido um movimento de cerca de 30% do normal. “Não incentivamos a ‘corrida’ aos shopping centers, que nas cidades onde já funcionam, demonstraram uma mudança de comportamento do consumidor, que agora tem uma permanência média de cerca de 30 a 40 minutos, contra 2h30 em tempos normais. Nas seis cidades paranaenses onde os shopping centers já estavam abertos, tem havido uma redução de 70% no número de consumidores. Sabemos que a situação para o comércio é preocupante com a queda de consumo, mas a reabertura era necessária para não encerrarmos definitivamente as atividades de um grande número de micro e pequenos comércios”, afirmou ele.

O superintendente do Shopping Crystal, Patrick Gil, que também reabre nesta segunda, destaca sua expectativa que o fluxo aumente gradualmente, conforme a população for se sentindo segura com a evolução de tratamentos e vacinas, que vão se mostrar cada dia mais eficazes. “O que vem ocorrendo em outras cidades é uma redução relevante no fluxo diário, redução do tempo médio de permanência e aumento do ticket médio de cada compra, ou seja, as pessoas estão indo ao shopping de forma objetiva e comprando logo tudo que precisam. Como temos muitas empresas no entorno é provável que ocorra uma maior concentração do fluxo durante o almoço e já adequamos a nossa praça de alimentação para preservar a todos os consumidores prevendo essa possibilidade”, prevê ele.

Drive-thru continua para quem quer correr menos riscos

O projeto de drive thru desenhado para o período de Dia das Mães vai continuar ativo ainda nesse início de retomada da operação nos shoppings que adotaram o modelo. 

Com uma estrutura segura para clientes e lojistas, o serviço Drive Thru do Shopping Crystal estará disponível diariamente, das 12h às 20h, no estacionamento do piso G3. A estrutura permanece a mesma: o cliente faz o pedido com o lojista — via WhatsApp ou telefone — e agenda um horário para a retirada do produto. A negociação do pagamento é feita durante a compra, sendo possível realizá-lo no momento da entrega. Para a segurança dos colaboradores e clientes, a recomendação é a de que a retirada seja feita apenas pelo estacionamento. O Shopping Mueller, que reabre na terça (26), também vai manter o esquema de compras pelo drive-thru.

Mesmo após a reabertura, o Jockey Plaza Shopping continuará atendendo pelas plataformas de delivery e drive-thru, entendendo que o momento ainda é de muito cuidado e os clientes poderão optar por esses formatos de compra. As lojas que estão atendendo nesses formatos alternativos estão listadas no site jockeyplaza.com.br. O shopping fica no Tarumã, na Rua Konrad Adenauer, 370 e tem estacionamento com valor fixo de R$10 para automóveis e R$ 5 para motos, por todo o período de utilização dentro da mesma diária.

O serviço de Drive Thru do Shopping São José, em São José dos Pinhais, continuará funcionando e poderá ser utilizado pelas lojas para que os clientes atendidos remotamente (por telefone, WhatsApp e e-mail) possam retirar os produtos sem a necessidade de sair do carro. 

Câmeras com sensores de febre e pulverização

Alguns shoppings de Curitiba vão além das determinações da Secretaria de Saúde e apostam na tecnologia no reforço contra o coronavírus.

O Shopping Curitiba receberá duas câmeras com sensor infravermelho. Os equipamentos podem identificar ao mesmo tempo se uma ou mais pessoas estão com um dos sintomas da Covid-19: a febre. A brMalls importou 104 equipamentos destinados aos 29 shoppings da companhia espalhados pelas cinco regiões do país. As câmeras vão reforçar o trabalho de triagem realizado na entrada dos shoppings. Atualmente, todos os clientes, lojistas e colaboradores já têm a temperatura checada com termômetros manuais antes de acessarem o centro comercial.

O shopping Jockey Plaza anunciou a desinfecção de áreas comuns por pulverização de produto com tecnologia IC.Bio.100, à base de quaternários, realizada por empresa licenciada pela Anvisa e Ministério da Saúde para prevenção da COVID-19 e outros vírus, que será pulverizado diariamente nos 24 mil m² de área comum do shopping.

Alshop diz que lojas fechadas deixaram 120 mil desempregados

Dados preliminares da ALSHOP (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping), apontam que o fechamento de boa parte das lojas por cerca de dois meses já resultou em cerca de 120 mil desempregados. A associação, que representa 105 mil lojas em todo o país, estima que 15 mil lojas não devem mais reabrir  devido à crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus (COVID-19).

“Essa situação vai piorar se governadores e prefeitos não determinarem a reabertura gradual e cuidadosa da economia. Ontem, dados mostraram que a arrecadação federal de impostos é a menor em 13 anos, porém mais de 4.000 municípios tem condições de permitir a reabertura, pois tem baixa ocupação de UTI´s. Percebemos que a OMS sempre fez a recomendação para que as pessoas ficassem em casa, mas nos últimos 15 dias a mesma organização tem dito o contrário em países de economia frágil como o Brasil.", aponta Nabil Sahyoun, presidente da ALSHOP.


Portal GR Paraná com informações Bem Paraná


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