Em palestra, ambulatório orienta trabalhadores sobre tuberculose, dengue e ISTs
O Ambulatório de Infectologia da Secretaria de Saúde de Umuarama orienta trabalhadores de diversos segmentos, por meio de parcerias que resultam em ações e palestras informativas sobre a prevenção de doenças infecto-contagiosas. Nesta terça-feira (28), o médico Celso José Gomes falou sobre tuberculose e dengue e a enfermeira Rafaela Hasegawa abordou infecções sexualmente transmissíveis – as chamadas ISTs, a funcionários do Atacadão, na avenida Portugal.
“As palestras, que serão repetidas nesta quarta-feira (29), estão na programação da 1ª Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Sipat) do supermercado atacadista”, informou a coordenadora do ambulatório, assistente social Maria de Lourdes Gianini.
A saúde municipal acompanha hoje 17 pacientes com tuberculose. A estatística mostra variação no número de casos, nos últimos anos. Em 2017, Umuarama contou 67 pessoas com TB; no ano seguinte foram 40 e, em 2019, houve 21 casos confirmados, indicando tendência de queda. Porém no ano passado foram 43 positivos e em 2021, até o início de setembro, 17 pessoas tiveram o contágio confirmado.
A média nacional é de 36 casos por 100 mil habitantes. “Neste ano temos mais de 70 mil casos no país e uma média de 4,5 mortes por ano. Um contaminado pode passar o bacilo a até 15 pessoas, caso não faça o tratamento. A boa notícia é que diagnóstico, exames e remédios são gratuitos no Sistema Único de Saúde (SUS). A doença tem cura com o tratamento completo, da forma correta”, afirmou Celso Gomes, que coordena o programa de prevenção à tuberculose em Umuarama.
O público mais propenso à doença são pessoas em situação de rua, portadores do HIV (aids) e a população carcerária. Os principais sintomas são tosse por mais de duas semanas, falta de apetite, perda de peso, cansaço e suor noturno. “O tratamento dura em média seis meses e não pode ser interrompido antes disso, sob risco de tornar o bacilo resistente à medicação. Há muitos casos de contaminação de famílias inteiras”, orientou o médico, acrescentando que em caso de tosse persistente, o importante é fazer o diagnóstico e realizar o tratamento completo.
DENGUE E ISTs
Comparada à tuberculose, a dengue é uma doença mais grave, na opinião do médico Celso Gomes, pois existem remédios específicos. “Além do sofrimento aos pacientes, a dengue mata. Entre 2019 e 2020, tivemos 6.377 casos apenas em Umuarama – estudos sugerem que esse número deve ser multiplicado por nove, ou seja, mais de 50 mil umuaramenses podem ter tido dengue no período”, explicou. “Temos de prevenir, eliminar os criadouros e acabar com o mosquito, que também transmite a febre chikungunya, o zica vírus e a febre amarela”, alertou.
Quanto às infecções sexuais, a enfermeira Rafaela orientou sobre os cuidados necessários, métodos preventivos e a importância do diagnóstico precoce para maior eficácia do tratamento e também para evitar o contágio dos parceiros. Umuarama registrou quatro novos casos de HIV em gestantes neste ano (foram três em 2018, um em 2019 e um no ano passado) e 33 casos na população em geral – contra 28 no ano passado, 39 em 2019, 31 em 2018 e 42 em 2017.
Já a sífilis (nas formas congênita, adquirida e em gestantes) soma 42 casos em 2021, número bem abaixo dos últimos quatro anos. “A cidade tem hoje 356 casos de aids, 215 de hepatite B e 121 de hepatite C. As doenças estão aí e para garantir a saúde é importante se preocupar com a prevenção e o tratamento, em caso de diagnóstico positivo”, completou Rafaela.
Em caso positivo para alguma dessas doenças, o cidadão deve procurar uma Unidade Básica de Saúde ou o Ambulatório de Infectologia, que fica na avenida Rio Branco nº 4488, área central de Umuarama, com acesso pela rua Perobal e telefone (44) 3906-1033.