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Assessoria
23 de julho de 2024, 10:26

Primeiro Juiz Cego da Justiça do Trabalho em 1ª Instância: Conheça Márcio Cruz de Maringá-PR

Na próxima sexta-feira, 26, a Justiça do Trabalho terá importante marco de inclusão. Será empossado como juiz do Trabalho Márcio Aparecido da Cruz Germano - o primeiro magistrado cego a atuar na 1ª instância trabalhista no Brasil.

 

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Na próxima sexta-feira, 26, a Justiça do Trabalho terá importante marco de inclusão. Será empossado como juiz do Trabalho Márcio Aparecido da Cruz Germano - o primeiro magistrado cego a atuar na 1ª instância trabalhista no Brasil.
 
Márcio tem 44 anos, é de Maringá/PR e atuou como técnico judiciário na Justiça Federal e analista judiciário no TRT da 9ª região, no gabinete do desembargador Ricardo Tadeu Marques da Fonseca, que também é cego.
 
Neste ano, ele foi aprovado no II CNU - Concurso Público Nacional Unificado para ingresso na carreira da magistratura do Trabalho, e tomará posse em São Paulo.
 
Márcio Cruz perdeu a visão progressivamente dos 4 aos 8 anos devido a um erro médico. Desde então, passou por uma série de superações.
 
Desde o colégio, Márcio enfrentou a falta de acessibilidade e de material escolar em braile. Não foi diferente na faculdade, onde, por muito tempo, contou com a ajuda de colegas que leram para ele os textos que precisava para estudar.
 
Finalmente com a ajuda de um computador e de leitor de telas, além de um mercado editorial mais preparado para atender às necessidades de pessoas com deficiência visual, com livros digitais e cursos acessíveis, o futuro magistrado pôde se dedicar aos estudos para concursos.
 
Em 2005, ele se tornou técnico judiciário; em 2011, foi aprovado analista judiciário, tendo atuado no TRT da 9ª região por 12 anos escrevendo minutas de votos do desembargador Ricardo Tadeu; e agora, em 2024, está prestes a ser nomeado juiz.
 
Ele conta que o destaque de sua trajetória foi a prova oral do CNU, onde, pela primeira vez, sentiu que competia em igualdade de condições com outros candidatos.
 
A acessibilidade e a acolhida que encontrou durante o concurso não apenas facilitaram seu processo, mas também reforçaram sua determinação.
 
Há hoje, na Justiça do Trabalho, há apenas dois magistrados com deficiência visual, ambos atuando em 2º grau: o desembargador Ricardo Tadeu, e o desembargador Marco Antônio Paulinelli de Carvalho, do TRT de Minas Gerais.
 
O exemplo de Márcio não apenas ilumina as possibilidades para pessoas com deficiência em alcançar altos cargos no serviço público brasileiro, mas também enfatiza a importância de uma infraestrutura mais inclusiva e acessível em todos os níveis da sociedade
Fonte:https://www.migalhas.com.br/
 
 

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